Fazer um planejamento tributário pode ser uma das melhores saídas para reter gastos dentro de um negócio. No entanto, é preciso saber como executar esse conjunto de ações para obter sucesso.
Para os prestadores de serviços, a carga tributária brasileira é extremamente onerosa, por isso é importante encontrar formas de reduzir custos e evitar multas. Nada melhor para isso do que um planejamento tributário!
Mas você sabe como funciona essa ferramenta de gestão? Tem noção da sua importância? Neste artigo, vamos trazer uma série de informações sobre o planejamento tributário para prestadores de serviços.
Leia com atenção e conheça as dicas essenciais para o sucesso!
O que é o planejamento tributário?
Planejamento tributário é o nome dado a um conjunto de procedimentos que podem ser tomados dentro de uma empresa, visando a redução da carga total de impostos.
Isso pode ser atingido de diversas formas, seja otimizando a organização financeira do empreendimento, mudando seu enquadramento tributário ou buscando opções de isenção fiscal.
De toda forma, trata-se de uma ferramenta de diminuição de custos e por isso ela é tão importante na gestão empresarial.
O planejamento tributário também é chamado de elisão fiscal, e é uma prática, por definição, atrelada a um estrito cumprimento das leis. Ou seja, qualquer atitude ilegal, como a sonegação de impostos, não é bem-vinda nesses protocolos de redução tributária.
Leia mais: Planejamento tributário para médicos: dicas essenciais para o sucesso.
Dicas essenciais para fazer um planejamento tributário para prestadores de serviços
Não importa qual a sua área de atuação, trabalhar como pessoa jurídica é uma ótima opção para prestadores de serviços. É preciso, porém, saber lidar com a carga de impostos da melhor maneira possível.
Veja a seguir as dicas essenciais para que você possa executar um planejamento tributário no seu negócio!
Escolha um regime tributário vantajoso para as suas finanças
Os impostos não são calculados e cobrados da mesma maneira para todas as empresas. Esse processo é feito a partir do regime tributário escolhido pelo empresário e existem três modelos que podem ser utilizados: Simples Nacional, Lucro Real e Lucro Presumido.
Por meio de uma escolha assertiva, sua empresa pode acabar pagando menos impostos, mesmo cumprindo com suas obrigações fiscais em dia. Entenda como funciona cada regime tributário e avalie a melhor opção para o seu negócio do setor de serviços.
Simples Nacional
O Simples Nacional é um modelo simplificado pelo qual micros e pequenas empresas podem recolher seus impostos. Além de ser financeiramente interessante, sua grande vantagem é possibilitar o pagamento de todos os tributos em uma só guia, que é o Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS).
O Simples reúne todos os impostos em uma alíquota única, que é definida de forma escalonada, seguindo seis faixas de faturamento anual como referência. Para prestadores de serviços, uma empresa pode estar enquadrada nos Anexos III, IV ou V, dependendo da sua atividade econômica e do Fator R.
A principal limitação desse modelo de tributação é a restrição referente à receita bruta. Empresas cujo faturamento anual ultrapassa R$ 4,8 milhões não podem se enquadrar no Simples Nacional. Parte do seu processo de planejamento tributário, portanto, passa a ser escolher entre os outros regimes.
Lucro Real
O Lucro Real é o mais complexo modelo de tributação. Assim como o Simples Nacional, sua cobrança é feita de forma mensal.
No entanto, é preciso contratar uma contabilidade para fazer a sua demonstração de lucro em cada período apurado. Essa necessidade do valor real de lucro para calcular os impostos é o que dá nome ao regime.
No Lucro Real, o IRPJ e a CSLL incidem sobre esse valor calculado de lucro. O IRPJ, com uma alíquota de 15% (além de 10% extras sobre lucros excedentes a R$ 20 mil por mês), e a CSLL, com uma alíquota de 9%.
Fora isso, também devem ser calculados o ICMS e o ISS sobre cada serviço prestado, e o PIS e a Cofins, que incidem sobre o faturamento bruto, não o lucro.
Lucro Presumido
Além de possuir alíquotas menores para PIS e Cofins, o Lucro Presumido tem uma série de vantagens sobre o Lucro Real. Uma delas é a possibilidade de recolher os impostos trimestralmente. Além disso, também não há necessidade de demonstrar os valores de lucro ao Fisco.
Isso porque, como diferencial deste regime tributário, o lucro usado como base é um valor presumido a partir de uma tabela criada pela Receita Federal. No caso de prestadores de serviços, é assumido que o lucro equivale a 32% da receita bruta gerada no período apurado.
Ou seja, se sua empresa está lucrando mais do que isso, vale a pena optar pelo Lucro Presumido!
Aprenda mais lendo: Entenda como formalizar o seu negócio como psicólogo.
Organize o seu pagamento de impostos
Um dos principais motivos pelos quais empresas do setor de serviços se tornam inadimplentes é a falta de organização. Para isso, é importante criar um calendário de impostos, que deve ser atrelado ao planejamento financeiro que você executa na sua empresa.
Prestadores de serviços podem atuar em inúmeras áreas diferentes, mas é importante para todos eles que sigam à risca o planejamento tributário estabelecido e paguem seus impostos em dia.
É recomendável também buscar apoio de uma contabilidade para lidar com as declarações envolvidas nesse processo!
Busque incentivos fiscais na sua região
Uma das mais importantes partes de um planejamento tributário, no que diz respeito à redução da carga de impostos, é a busca por isenções e descontos nessas obrigações.
Isso pode ser obtido por meio de programas de incentivo fiscal, que são implementados em todo o Brasil com intuito de desenvolver o mercado de certos setores em certas regiões. Podendo ser criados pela esfera municipal, estadual ou federal do poder público, os incentivos fiscais são uma ótima forma de reduzir custos.
Se você é prestador de serviços, conte com apoio de uma contabilidade para buscar programas desse tipo na sua região, e também para executar as adaptações necessárias para que sua empresa se torne elegível a esses benefícios.
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