Como funciona a contabilidade para veterinários

Você dedica seus dias a salvar vidas, aliviar dores e cuidar de animais com todo o carinho do mundo. 

Mas e quando o assunto é o dinheiro que entra e sai da sua clínica ou consultório

A contabilidade pode parecer distante da sua rotina, mas é ela que garante que o que você ganha realmente fique com você, sem sumir no ralo dos impostos mal calculados ou das multas inesperadas.

A contabilidade para veterinários, na verdade, pode ser a diferença entre um negócio lucrativo e um consultório que vive no aperto. 

E a grande pergunta é: você sabe se está pagando o que realmente precisa pagar  ou está deixando dinheiro na mesa todos os meses?

A W3 é uma Contabilidade para Profissionais da saúde e vamos mostrar para você o que avaliar ao contratar um contador para veterinários.

Por que a contabilidade é decisiva na vida do veterinário?

Um veterinário que também é gestor tem dois papéis: cuidar dos animais e cuidar do negócio.

A segunda parte, muitas vezes, é deixada de lado. E é aqui que mora o perigo. 

Sem um bom planejamento, você pode estar pagando imposto demais, não aproveitando deduções e até correndo riscos fiscais sem perceber.

Imagine ter clareza sobre todos os custos, saber exatamente quanto precisa faturar para ter lucro e ainda planejar como pagar menos impostos dentro da lei. 

Isso é o que uma contabilidade especializada faz (e faz toda a diferença!).

Atuar como veterinário autônomo ou abrir um CNPJ?

Muitos veterinários começam como autônomos, emitindo recibos ou até sem emitir nada. Porém, quando o faturamento cresce, o CPF vira uma armadilha fiscal. Quer ver?

Um veterinário que fatura R$ 10 mil por mês como autônomo pode pagar quase 27,5% de imposto de renda. 

Ao abrir um CNPJ para veterinário no Simples Nacional, essa alíquota pode cair para algo em torno de 6% (dependendo do faturamento e do fator R). 

A diferença pode passar de R$ 2 mil todo mês, um dinheiro que poderia estar no seu caixa.

Se você ainda está no CPF, a pergunta é: vale a pena continuar desse jeito?

Qual regime tributário escolher para veterinários?

Na maior parte dos casos, quem está começando deve optar pelo Simples Nacional. Esse regime unifica os impostos em uma única guia (DAS) e tem alíquotas iniciais a partir de 6% (se souber usar o Fator R).

Porém, quando a clínica começa a faturar acima de seis dígitos por mês, vale analisar com cuidado se o Lucro Presumido pode trazer economia. 

Esse regime pode ser vantajoso para negócios com margens altas e despesas menores, já que a base de cálculo do imposto é pré-fixada.

O Lucro Real raramente faz sentido para clínicas veterinárias de pequeno e médio porte, porque exige controles mais complexos e só costuma ser obrigatório para empresas com faturamento acima de R$ 78 milhões por ano.

O ideal é que um contador especializado simule os cenários para o seu negócio. 

Isso evita pagar impostos desnecessários e garante o enquadramento mais vantajoso para cada fase da sua clínica.

Obrigações fiscais e trabalhistas para clínicas veterinárias

Quando se tem um CNPJ, o veterinário precisa lidar com uma série de compromissos, que são monitorados e orientados pela Contabilidade para Veterinários. 

Deixar qualquer uma dessas obrigações de lado pode gerar autuações, multas e até bloqueio de emissão de notas fiscais.

1) Obrigações fiscais mensais

  • Emissão de notas fiscais de serviços (NFS-e): cada consulta, vacinação ou cirurgia precisa ser documentada. Notas emitidas com códigos errados ou valores inconsistentes podem elevar a tributação.
  • Pagamento de impostos: no Simples Nacional, o recolhimento é feito pela DAS, que engloba ISS, PIS, Cofins, CSLL e IRPJ. O contador verifica o faturamento mensal para aplicar a alíquota correta e avaliar se há benefícios do fator R.
  • Guias de ISS (quando exigido separadamente): alguns municípios, mesmo com a guia DAS, exigem o envio da guia de ISS mensal ou trimestral.

2) Declarações acessórias obrigatórias

Além do pagamento de impostos, existem declarações que precisam ser entregues para órgãos de fiscalização:

  • DEFIS (Declaração de Informações Socioeconômicas e Fiscais): obrigatória para todas as empresas do Simples Nacional, enviada uma vez ao ano.
  • DCTF (Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais): exigida em situações específicas, principalmente para empresas fora do Simples.
  • EFD-Contribuições e EFD-Reinf: para empresas com emissão de NF-e ou que possuem retenções de INSS ou tributos federais em notas fiscais.
  • RAIS e GFIP: usadas para informar dados de funcionários, mesmo em caso de folha zerada.

Um atraso ou erro em qualquer uma dessas obrigações gera multa automática, que varia de R$ 200 a R$ 500 por mês de atraso, e isso independe do faturamento.

3) Pró-labore e distribuição de lucros

O sócio da clínica precisa definir um pró-labore (salário do proprietário), com contribuição obrigatória de INSS. Isso garante cobertura previdenciária e evita que a Receita Federal questione retiradas sem justificativa.

Já a distribuição de lucros deve ser feita com base em registros contábeis organizados. 

Quando feita corretamente, é isenta de imposto. 

Quando feita “de qualquer jeito”, pode ser interpretada como renda tributável.

4) Obrigações trabalhistas (para quem tem equipe)

Se a clínica possui auxiliares, recepcionistas ou qualquer funcionário CLT, há rotinas mensais e anuais que não podem ser ignoradas:

  • Folha de pagamento: cálculo de salários, adicionais noturnos, insalubridade (comum em clínicas que manipulam produtos químicos), férias e 13º.
  • Encargos sociais: recolhimento de INSS, FGTS, IRRF e contribuições sindicais.
  • eSocial: todas as admissões, férias, afastamentos e desligamentos precisam ser informados. Um erro de digitação já gera inconsistência e multa.
  • CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados): para admissões e desligamentos (integrado ao eSocial).
  • PCMSO e PPRA: obrigatórios por lei para garantir a segurança no trabalho, especialmente em locais com manipulação de anestésicos, produtos químicos e materiais biológicos.
  • CIPA e treinamentos de segurança: dependendo do porte da clínica, pode haver exigência de programas de prevenção de acidentes.

Exemplo prático: Um auxiliar com salário de R$ 2 mil custa, em média, R$ 2.600,00 mensais com encargos. Se a clínica pagar horas extras e benefícios (vale-transporte, alimentação), esse custo pode ultrapassar R$ 3 mil. 

Planejar esses números é essencial para não comprometer o caixa.

Benefícios da contabilidade para veterinários

Diante de tudo isso, em resumo, os principais benefícios de ter uma contabilidade especializada em veterinários são:

1) Tributação ajustada para não pagar imposto a mais

Um veterinário autônomo que fatura R$ 20 mil por mês pode pagar algo em torno de R$ 5 mil em impostos como pessoa física (considerando INSS + IRPF). 

Com um CNPJ bem estruturado no Simples Nacional, essa carga cai para cerca de R$ 1.200 a R$ 1.500 mensais.

Esse é o tipo de economia que um contador especializado entrega na prática, usando o CNAE correto e avaliando usando o Fator R para migrar do Anexo V para o III no Simples Nacional.

2) Organização do caixa da clínica

A contabilidade permite saber quanto realmente sobra no fim do mês. 

Não é raro ver veterinários faturando R$ 40 mil, mas com custos tão altos (medicamentos, funcionários, aluguel) que o lucro líquido não passa de R$ 8 mil.

Com relatórios contábeis, você consegue enxergar onde está perdendo dinheiro e até renegociar contratos com fornecedores.

3) Apoio na precificação dos serviços

Muitos consultórios cobram valores que não cobrem nem os custos fixos. 

Por exemplo, uma consulta cobrada a R$ 120 pode estar saindo “no zero” se você considerar tempo de sala, auxiliares, custo de insumos e tributos.

O contador analisa seus números e ajuda a precificar com margem saudável, para que cada serviço seja rentável de verdade.

4) Gestão trabalhista e prevenção de passivos

Se você tem auxiliares ou recepcionistas, é fundamental ter folha de pagamento, INSS, FGTS e férias organizadas.

Um erro como não pagar adicional de insalubridade ou calcular horas extras errado pode gerar processos trabalhistas que custam dezenas de milhares de reais.

O contador especializado garante que cada obrigação esteja em dia, desde o registro no eSocial até cálculos de rescisão.

5) Planejamento para crescimento real

Com números organizados, é possível saber quando contratar mais gente, quando investir em equipamentos e até quando é a hora de abrir uma segunda unidade.

Uma clínica com faturamento médio de R$ 50 mil, por exemplo, pode estar pronta para contratar mais um veterinário se a margem líquida estiver saudável. 

Sem essa análise, a decisão vira um chute.

6) Menos riscos fiscais

Multas por atraso em declarações como DEFIS ou EFD chegam automaticamente, sem aviso.

Um contador especializado mantém todas as obrigações fiscais e acessórias no prazo, garantindo que você possa focar nos atendimentos sem ficar preocupado com a Receita ou com a prefeitura.

W3 Contabilidade: especialista em contabilidade para veterinários

Na W3, somos uma Contabilidade especializada na área da saúde e conhecemos a rotina intensa de quem cuida da saúde animal. 

Enquanto você se dedica aos atendimentos e ao bem-estar dos seus pacientes, nós cuidamos dos números para que sua clínica funcione com segurança e cresça de forma sustentável.

O que fazemos por você:

  • Abertura de empresa e CNPJ com orientação completa.
  • Planejamento tributário pensado para o seu faturamento.
  • Emissão de notas fiscais e controle das obrigações fiscais.
  • Atendimento próximo, com respostas rápidas e clareza.
  • Soluções personalizadas para clínicas e consultórios veterinários.

Quer pagar menos impostos e ter mais clareza sobre o financeiro da sua clínica? Entre em contato com nossa equipe e agende uma reunião de diagnóstico.

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